Da janela do seu luxuoso gabinete, um filósofo olha curioso e satisfeito. Por baixo de si estende-se a elitista rua de Saint Honoré, bem no coração de Paris.
O que faz um filósofo em tão improvável lugar? Ele chama-se Adrien Barrot e foi contratado a tempo inteiro pela marca Hermès. Antigo aluno da Escola Normal Superior, Barrot tem a seu cargo a direção da publicação Le Monde d'Hermès e a tarefa de pensar em ideias de projetos e em nomes para produtos daquela marca de luxo francesa.
Quando estudei Filosofia, na Universidade do Porto, no final dos anos 90, confesso que nunca pensei que um cargo na Hermès fosse uma das minhas potenciais saídas profissionais. O que faz um filósofo em tão improvável lugar? Ele chama-se Adrien Barrot e foi contratado a tempo inteiro pela marca Hermès. Antigo aluno da Escola Normal Superior, Barrot tem a seu cargo a direção da publicação Le Monde d'Hermès e a tarefa de pensar em ideias de projetos e em nomes para produtos daquela marca de luxo francesa.
Na verdade, a função das universidades é ensinar os alunos a pensar. Nas empresas, eles aprenderão a trabalhar. E não há melhor curso para aprender a pensar do que o de Filosofia.
Adrien Barrot tem o pomposo título de "conselheiro da direção de criação e imagem". Mas todos conseguimos imaginar o gozo que lhe deve ter dado sugerir que um cachecol masculino da Hermès, a ser lançado no próximo outono se chame "Fragmentos de um discurso amoroso" - nome e padrão inspirados na obra de Roland Barthes.
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